Friday, October 25, 2013

ÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ FILHO DA PUTA!


É sempre uma alegria ir ao futebol e constatar a quantidade de coisas simpáticas que é possível desejar a alguém em pouco tempo. Um senhor atrás de mim conseguiu dizer em menos de três segundos: “Morre, cabrão!” “Parte-lhe a perna!” “Esmaga!” Tudo com o tom encarniçado e rouco de um porco selvagem que espuma raiva por cada microporo corporal. Até me comovi quando ele disse “esmaga”, tal o sentimento com que conseguiu acompanhar a palavra.

E a alegria com que ele dizia filho da puta. Caramba, era o sol da bancada. Parecia que tinha estado 40 dias fechado no Portugal dos Pequenitos, rodeado de crianças fofas e inocentes, sem poder dizer um único palavrão. E agora, liberto daquele cárcere horrível, podia finalmente dar largas a toda a sua liberdade de expressão.

Mas o momento alto é quando se chama filho da puta ao guarda-redes. Mal acaba a sequência maravilha “...óóó filho da puta”, irrompe a boa disposição na bancada. A mãe de família solta gargalhadas sinceras, enquanto afaga o cabelo do seu filho, num sorriso cúmplice e ternurento. E o porco selvagem reforça “hijo de puta! la puta de tu madre!”, com receio que o guarda-redes espanhol pudesse não ter percebido o que lhe estavam a dizer. Mais gargalhadas da mamã. 

Os estádios de futebol são o asneiródromo do sul do país. Quem não pode ir ao norte aliviar toda uma panela de pressão de palavrões, tem de ir a um estádio de futebol. "Eh pá, hoje não me apetecia nada ir ao jogo, mas o meu médico aconselhou-me a soltar uns 'filhos da puta'. Diz que faz bem às hemorróidas."

Wednesday, March 6, 2013

Daniel Oliveira sem barba



 Versão camisa preta e versão gola alta.

Monday, March 22, 2010

Horroroso de nojento


Aqui fica o meu voto para a maior bola de nojo em forma de prédio, de Lisboa. Parabéns ao Taveira.

Wednesday, February 3, 2010

Atletismo a sério

Se querem ver atletismo a sério vão aqui. Carreguem no play e vejam. Isto sim, é atletismo com garra, determinação e espírito de sacrifício.
Acho que o recorde do circuito está em 1 minuto, 3 segundos e 56 centésimos e foi estabelecido pela Aurora Cunha quando lá foi. Mas há sempre pessoal a tentar bater o recorde. Nem sempre se apanham atletas em competição, mas vale a pena ir espreitando, porque de vez em quando eles estão lá e dá para ver ultrapassagens brutais, especialmente na curva de Sta. Lúcia, quando alguém arrisca ir por dentro.

Monday, December 7, 2009

Viva a burocracia

Eis que recebo em casa uma ameaçadora carta de uma advogada a informar-me de uma dívida à via verde, que a certa altura versava assim: “continua a verificar-se a existência de uma dívida, que ascende já a 1,25 EUR”. ascende já a 1, 25 euros? caralho, até se me gelaram os colhões. 1 euro e 25. como é que eu vou pagar esta merda? pensei eu. e pensei ainda, como é fácil hipotecarmos a vida com dívidas estúpidas.

Aposto que a advogada até devia estar a salivar de gozo ao escrever a carta. “vou entalar este gajo muita bem entalado.” viva a burocracia, que nos proporciona momentos bonitos como este.

Saturday, December 5, 2009

os euros

o que me irrita no euro é que é uma moeda fria. às vezes apetece-me dizer 1000 paus ou 5 contos, mas não posso, simplesmente porque ainda não inventaram calão para o euro. mas é bom que se invente rapidamente, porque isto já me começa a irritar. ok, esta fase foi a do estranhar, mas agora que já entranhámos, está na altura de se arranjar essa merda de calão, que já me está a rebentar a carótida de irritação. não tarda, entro numa de saudosismo e começo a enfileirar ao lado dos velhos salazarentos que querem o escudo de volta. mas eu não quero o escudo, a última coisa que me interessa é o escudo. o escudo é igual ao euro. o que interessa é todo um léxico que gravitava à volta do escudo e que ainda não existe para o euro e do qual tenho saudades. 100 paus, 500 mocas, já não se pode dizer isto, senão há logo um cabrão que diz “isso não faz sentido, agora estamos em euros”. tá bem, caralho, mas se fosses minimamente esperto percebias o que eu quero dizer. foda-se, há alturas em que me apetece despejar uma daquelas metralhadoras rotativas de balas infinitas no meu caro concidadão. eu quero o escudo de volta.

às vezes penso que fazemos de propósito para não aprendermos a fazer contas com os números grandes em euros, porque é o nosso último reduto de calão. é o nosso último balão de oxigénio. quanto é que custa essa casa? 30.000 contos. ah, oxigénio! ar puro. é o único sítio que ainda dá luta à frieza da moeda europeia. claro que muitos de nós sabemos que são 150.000 euros (outros não saberão mesmo), mas já que é o único sítio onde se pode respirar, aproveita-se.

nada contra o projecto europeu. acho até que tá ali uma coisa muito bem feita. pelo menos na ideia. a cena das fronteiras abertas e tal. é uma coisa de rara beleza. mas a cena da moeda ainda não está afinada.

já nem entro naquele palavreado ridículo dos pintores ou dos mel reis, apesar de terem o seu encanto para a palhaçada. mas preciso desesperadamente dos meus paus, das mocas, dos contos a torto e a direito. deixem-me respirar, caralho. senão bem que podem mandar o vosso projecto europeu cos porcos.

Monday, November 23, 2009

Pornografia marroquina

Já sei o que é o porno dos marroquinos: vólei feminino. Liguei a televisão à uma da manhã de sábado e estava a dar um jogo de vólei feminino. Itália-Brasil, ou coisa que o valha, só sei que não envolvia a selecção de marrocos. E num primeiro momento de ingenuidade perguntei-me: mas por que raio estão a dar isto a esta hora? Depois lá me caiu a moeda. Coitados. Não se arranja melhor. Se em pleno Verão as mulheres se vestem assim na praia, o que é que eles hão-de fazer?

E estamos a falar de vólei de pavilhão. O de praia deve ser hardcore e só passa em canal codificado. E como é que se chamará o canal? Playvoley? Uma coisa é certa, o vólei feminino é um desporto que eles acompanham com muito interesse em Marrocos. Por isso, se eu me quiser inteirar sobre o assunto, já sei a quem perguntar.