Saturday, March 28, 2009

Ideia para casa de banho masculina


Dois manípulos na porta, do lado de dentro. Para separar os que lavam as mãos depois das necessidades dos que não se dão a esse trabalho. Não me venham com conversas que homem que é homem mama com as bactérias alheias de mão cheia. Quero ver quem é o homem que diz o mesmo em relação a não usar preservativo. “Venham de lá esses vírus.”

Enfim, ainda há uns quantos. Especialmente o Papa. Ah, espera, o Papa não conta. E daí, nunca se sabe. Piada foleira, eu sei. Sua Santidade que me desculpe. Mas aquela da abstinência para africanos também não ficou muito atrás. Este Papa é um pagode. O que é que vem a seguir, proibir o adultério em estrelas porno casadas pela igreja? É tão giro este Papa. Às vezes até dá vontade de adoptá-lo e levá-lo a casa de amigos. “Ó Bento, diz lá aquela da abstinência.” Ele diz. Risota geral. A seguir dão-se umas festinhas no queixo. E pronto, Habemus Pagode. Tão giro que é este Papa. Apetece transformar em peluche e apertar. Até se podia fazer um brinquedo chamado My Little Pope. Penteava-se Sua Santidade e brincava-se a tirar e pôr chapeuzinhos.

Friday, March 27, 2009

A Torre de Belém é mais interessante do que eu pensava

Até há bem pouco tempo a Torre de Belém não passava de mais um monumento desenxabido, do tempo dos romanos ou dos suecos ou lá o que é.

Mas este post veio mudar tudo.

É impressionante, porra. é que é mesmo. até a porcaria das guaritas, ou lá como se chama aquilo, parecem patas.

Sunday, March 8, 2009

O que é que se passa nos concertos de música clássica?

É só gente fina, a nata da nata, celebridades para todos os gostos, muitos visons, muita marta, muita coisa, os cabelos mais bem lacados da sociedade, muito protocolo, um ambiente de tal solenidade e realeza que a pessoa até se sente mal em sussurrar uma vez que seja ao ouvido de outrém. Mas eis que acaba um andamento musical e rebenta a nojeira absoluta. É só gente a pigarrear por todos os lados, com os pigarros bem puxados atrás. Aquilo parece um escarradouro. E tosse compulsiva de urso. Parece que não tossem há 6 meses. É um nojo completo. E aposto que os que mais escarram são os mais puristas e os primeiros a dizer shhh à primeira oportunidade. Um par da estalos naquelas trombas. Santa paciência.

Por favor, tirem-me estas palavras da frente

Esta tendência de democratização do luxo e respectivo vocabulário já me está a dar nojo. E há palavras que eu já não suporto e que me provocam vómitos mentais (e náuseas e enjoo e mau olhado, todo o tipo de efeitos secundários), são elas:
gourmet
charme (geralmente na variante ‘hotel de’),
golfe (especialmente interessante quando pronunciado “gólfe”; “onde vais?” “vou jogar gólfe. com os meus sapatos de gólfe.” ),
design,
spa,
premium,
prestígio (“ora aqui está uma bróchura de prestígio” – sim, o ó está acentuado de propósito),
degustação
chef (apenas tolerável na expressão “ó chef...”, seguida de assobio com a mão)
lounge


E depois há outras palavras também interessantes que se começam a espalhar de forma preocupante, como fun (o jaime gama é muito pouco fun), happy (as cores dos iron maiden não são nada happy) e outras anglofilias insuportáveis.

Tchinquenta mili eurofichês

Estava no início da puberdade. O meu corpo explodia hormonas por todos os poros. Por isso foi com gosto que acolhi a chegada do primeiro programa erótico da televisão portuguesa, um concurso de strip que apareceu nos primórdios da sic, com o belo nome de Colpo Grosso.

E o que dizer desta coisa inenarrável? Aquilo era suposto dar tusa a alguém? Aquela espécie de cabaret de vão de escada? É que até eu, que nessa altura sonhava em ir para a cama com 500 mulheres ao mesmo tempo – sempre fui uma pessoa realista –, não conseguia senão achar aquilo nojento. Eu bem que via aquilo esperançado. É agora, é agora que se vai ver alguma coisa de jeito. Mas não, nada. Não havia ali nada que conseguisse produzir estímulo numa única célula nervosa. Tudo era feio naquele programa. E tinha um ar deslavado e decadente. Ca nojo.

A começar pelo apresentador, um tal de Umberto Smaila, a coisa mais asquerosa à face da Terra. O próprio nome é gorduroso. É o único ser humano que consegue estar acima do Jabba The Hutt na escala de asco universal. Suava que nem uma porca. E aquele bigode ridículo... Meu deus, que criatura tão seborreicamente assustadora.



E o que dizer das saudosas Ragazza Cin Cin. Cada uma mais jeitosa que a outra. Jamais esquecerei aquela música, a coreografia, a apoteose.







Até hoje guardo na minha memória expressões e musiquetas inestimáveis como:
- Colpo grosso, colpo grosso, col-po gros-so (e seguia-se o flash colectivo)
- Allora, il mirtillo (e a moça vestida de mirtilo tinha que dar o mamilo ao manifesto. Sim, porque o outro mamilo ficava sempre coberto pela respectiva fruta. um pequeno toque de classe e erotismo como poderão constatar nos vídeos)
- ancora um strip di Bruno Giordesi, di Cremona, per trenta mili eurofichês.

Mais um programa com a chancela de qualidade da rai. É impressão minha ou a rai demonstrou que é possível construir uma estação de televisão só à conta de gajas boas e crianças histéricas (sim, não nos esqueçamos do zecchino d’oro e derivados, que é como quem diz o Sequim d’ouro)? Se calhar é essa a definição em itália de serviço público.

E há que agradecer também à sic, por esta pérola que nos ofereceu. Uma das muitas com que nos brindou no início da sua existência.

E aqui ficam os bloopers: